COPOM decidiu manter a taxa SELIC em 6,50%, como ja demonstrado anteriormente, assinalando que estes resultados sao pontuais e nao fazem parte do cenario estrutural do pais, apontando para as taxas mais condizentes em um horizonte de recuperacao, passados os acontecimentos de maio/ junho, tal que em julho o indice recuou para 0,33% sugerindo que os impactos sofridos com a paralisacao estao se amenizando, confirmado pelo resultado de agosto (divulgado em 06 de setembro) quando o IPCA registrou deflacao de -0,09%. A inflacao de 2018 acumula alta de 2,82% acima dos 1,61% do mesmo periodo em 2017. Em doze meses o indice apresenta alta de 4,12%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetario Nacional, que e de 4,5%. Espera-se que esse ano o indice se situe em torno de 4,16%, conforme expectativa divulgada no relatorio FOCUS de mercado de 31 de agosto de 2018, resultando em uma meta atuarial de 10,41% para o ano. Para 2019,2020 e 2021 as expectativas sao de 4,11%, 4,00% e 3,82% respectivamente, acumulando as metas atuariais de 10,36%, 10,24%, 10,05%, se considerarmos a manutencao da taxa de 6,00% a.a de acrescimo junto ao IPCA. A seguir visualizamos o historico de inflacao e as expectativas. GRAFICO 02 IPCA 2018 x 2017 FONTE: Elaboracao propria DADOS IBGE disponiveis no banco de dados do IPEADATA e Relatorio FOCUS de Mercado BACEN, de 31 de agosto de 2018. A conducao da politica para o controle das metas de inflacao para o proximo ano dependera de quem sera o vencedor (a) das eleicoes em 2018 e o que de fato o candidato (a) executara de suas propostas, considerando a formacao de sua equipe economica. 5.3. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB Apos o periodo recessivo com pico em 2015, o PIB (soma de todos os bens e servicos finais da economia produzidos em determinado periodo de tempo) mostra sinais de recuperacao de forma lenta, porem positiva. Em 2017 tivemos nos tres primeiros trimestres resultados negativos, porem crescentes evidenciando a retomada do crescimento produtivo do pais, tal que no primeiro tri foi registrado um PIB de -2,2% em relacao o periodo anterior e no quarto e ultimo trimestre de 2017 alcancamos um crescimento de 1,0% frente ao trimestre anterior. Em 2018 continuamos no ritmo de recuperacao lenta, com crescimento de 0,1% e 0,2% para os dois primeiros trimestres do ano respectivamente (apos a divulgacao de 0,4% para o primeiro tri, o IBGE revisou a estatistica e divulgou a correcao para 0,1%). A pequena variacao no segundo trimestre tambem sentiu os impactos da paralisacao do setor dos transportes, que afetou de forma significativa toda a cadeia produtiva e de consumo do pais, fazendo com que os agentes de mercado reduzissem tambem as projecoes de crescimento para este ano (projecao de crescimento de 1,44%, conforme relatorio FOCUS de Mercado do Banco Central, de 31 de agosto de 2018), associado ao ambiente de total incerteza e indecisao quanto aos rumos que a politica ira seguir apos as eleicoes. Abaixo visualizamos o comportamento do PIB em 2018, 2017 e as projecoes, conforme expectativas de mercado. GRAFICO 03 PIB 2018 x 2017 E PROJECOES FONTE: Elaboracao propria dados IBGE e Relatorio FOCUS de Mercado BACEN, de 31 de agosto de 2018. Os resultados positivos se devem principalmente ao setor de servicos, que teve crescimento de 0,3% no segundo trimestre, enquanto a agropecuaria se mostrou estavel (0,0%) e a industria apresentou queda 0,6%. O consumo das familias tambem mostra recuperacao com crescimento de 2,3% no acumulado em 12 meses. O PIB acumulado nos ultimos quatro trimestres mostra crescimento de 1,4%, sugerindo que estamos em trajetoria de recuperacao da economia. 5.4 TAXA DE CAMBIO O ambiente de instabilidade e incerteza quanto aos rumos da politica, associado a alta de juros dos EUA propicia um ambiente desfavoravel a nossa moeda. Estamos atingindo um pico historico. GRAFICO 04 TAXA DE CAMBIO R$/ USD: 2001- 2018 FONTE: Elaboracao propria dados disponiveis no IPEADATA O grafico acima representa a taxa de cambio de compra do Dolar comercial, fechada no fim do periodo (mensal). Notamos que o cambio atual supera o pico de 2002, tambem em periodo eleitoral. Em 05 de setembro de 2018 o cambio atingiu o patamar de R$ 4,16 (durante a elaboracao deste documento), ja considerado pico historico. No Brasil o cambio e flutuante sujo, isto e, o Banco Central intervem quando acredita ser necessario, nao deixando a cotacao ser definida exclusivamente pelo mercado. Apesar da recente intervencao do BACEN vendendo uma parte de suas reservas de dolares, nao foi o suficiente para segurar a alta da moeda americana. A indefinicao politica no pais traz maior volatilidade no momento e afeta as expectativas de mercado. Conforme Relatorio FOCUS, a taxa esperada para o fim de 2018 e de R$ 3,80. Para 2019, 2020 e 2021 as taxas sao de R$ 3,70, R$ 3,68 e R$ 3,75 respectivamente. Publicacao terca-feira, 2 de abril de 2019 d) Nos investimentos em renda fixa direto via titulos publicos ou operacoes compromissadas (Resolucao BCB 3339/06 e Resolucao BCB 550/79) e nos investimentos indiretos via fundos de investimentos deverao ser levados em conta os seguintes riscos envolvidos nas operacoes: 9 Risco de credito dos ativos: possibilidade do devedor nao honrar seus compromissos. 10 Risco sistematico ou conjuntural: sao os riscos que os sistemas economicos, politico e social, impoem ao governo. 11 Risco proprio: consiste no risco intrinseco ao ativo e ao subsistema ao qual o ativo pertenca. 12 Risco de mercado: e o risco de oscilacoes de precos do ativo. 13 Risco de liquidez: tambem chamado risco financeiro. E conhecido pela falta de condicao de pagamento do emissor ou ausencia de mercado secundario daquele tipo de ativo. 14 Risco de contraparte: tambem conhecido como risco de coobrigacao, e quando da securitizacao de divida existe endosso por parte de terceiros e este tambem fica sem liquidez. 15 Risco legal: tipo de risco o qual o ativo objeto do investimento esteja sujeito a interpelacao judicial. 16 Risco operacional: esta ligado a incompetencia ou a desonestidade dos administradores. Notas de Rating: os ativos integrantes das carteiras ou seus respectivos emissores, conforme definido na Resolucao 3.922/10, serao considerados de baixo risco de credito, de acordo com classificacao minima (rating) estabelecida, por pelo menos uma das agencias classificadoras de risco em funcionamento no Pais conforme tabela abaixo. Nas alternativas de investimentos que exigem avaliacao de risco de credito (rating), este RPPS utilizara a tabela abaixo como parametro. Nela estao descritas as notas das principais agencias internacionais classificadoras de risco, ate a nota minima aceita. Em caso de avaliacao de risco de credito executada por outra agencia, que passe a ser aceita e definida em reuniao do Comite de Investimentos deste RPPS, sua nota equivalente devera ser estar compreendida com uma das do mesmo quadro: Os investimentos em cotas de fundos de investimento classificados como renda; conforme regulamentacao estabelecida pela CVM, constituidos sob a forma de condominio aberto, que apliquem seus recursos exclusivamente em titulos definidos a alinea a, ou compromissadas lastreadas nesses titulos, e cuja politica de investimento assegure que o patrimonio liquido esteja investido em ativos que acompanham o indice de renda fixa nao atrelado a titulos publicos (fundo de renda fixa) e cotas de fundos de investimento em indice de mercado de renda fixa negociaveis em bolsa de valores, cuja carteira seja composta exclusivamente por titulos publicos (fundo de indice de renda fixa), caracterizam o Art. 7o inciso I. Aplicacoes previstas no art. 7o incisos III e IV e alinea b do inciso VII deverao determinar nos regulamentos dos fundos que os direitos, titulos e valores mobiliarios que compoem suas carteiras ou os respectivos emissores sejam considerados de baixo risco de