DIARIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 8 de novembro de 2019. PRO 102 comunicacao basica. Nos orgaos publicos, nos precisamos, de verdade, e de um tradutor interprete de LIBRAS para garantir nosso direito. O que tem acontecido? A Feneis pagou insalubridade, ok esta tudo liberado, no entanto, oito surdos perderam o trabalho e estao esperando esse convenio, entao, esta faltando o que? A gente ja esteve um tempo atras aqui fazendo um Convenio com a Assembleia, estamos esperando e ainda nao foi aberta esta possibilidade de Convenio porque continua faltando uma maquina de fazer digitalizacao. Entao isso e bastante complicado, nos estamos aguardando este convenio e ainda nao temos resposta e ate agora nao conseguimos. Oito surdos estao na expectativa de conseguir um trabalho e, somente porque falta uma impressora, ai eu acho que estao sendo negligenciados os nossos direitos aqui dentro. Tem-se falado, falado, falado tudo sobre isso, mas nao tem sido trazido o que e necessario e ate agora nao foi resolvido pela Assembleia, anos apos anos a mesma resposta: ainda nao conseguimos, e bem importante a acessibilidade, e importante a acessibilidade e ai a gente ve que, na verdade, na pratica nao tem acontecido e a gente ve que, as vezes, fica na roda de chimarrao, em uma conversa informal, mas nao se faz nada. Nos estamos num momento muito critico da comunidade surda, nos nao aceitamos mais viver sofrendo, vivendo Bullying, nao tem interprete, profissionais locais, nao tem acessibilidade. Imaginem que eu ja trabalhei dentro de uma empresa na qual eu era a unica surda e quando chegava para reuniao nao chamavam uma interprete, entao eu nao entendia nada do que estava acontecendo porque nao tinha interprete. Como se a surda estivesse reclamando de algo que nao fosse direito dela. O que aconteceu comigo num hospital? Eu tive um aborto espontaneo, cheguei la nao tinha uma interprete de libras e ai voces imaginem se o medico me da uma medicacao errada? Nao tem este atendimento, nao tem, eu preciso que voces entendam que este curso e muito bom, mas esta na hora de nos movimentarmos tudo, nos precisamos de interpretes nesses locais para nos apoiar. A comunidade surda quer convenio, quer trabalhar, ela esta no direito dela, chega gente chega. Ah vamos falar esse assunto e bem importante a hora e agora gente, precisamos que resolvam algo, nao aguento mais esperar, desculpa pela fala assim mas e necessario. A deputada Sofia Cavedon perguntou: qual Convenio com a Assembleia Legislativa nao havia prosperado? Pamela Garcia, assistente social da Feneis, explicou que, desde o inicio do ano, vinha conversando com uma funcionaria da Casa Rosa para fazer um Convenio que empregaria oito surdos mais uma interprete de LIBRAS, porque em todos os convenios a Feneis prioriza a contratacao de interprete de LIBRAS ate para nao acontecer o que aconteceu em Caxias do Sul, porque quando se fala em convenios da Feneis ha todo um cuidado com a comunidade surda dentro do ambiente de trabalho. Ela disse que as conversas prosseguiram, que a Feneis ja pagou para ver a situacao em relacao a insalubridade e teve todo este cuidado para conseguir empregar oito surdos, que seria para o primeiro semestre. O que aconteceu? Os deputados escolheram outro setor como prioridade porque seriam necessarios quatro scanners para empregar oito pessoas para digitalizar estes documentos historicos que tem na Casa Rosa e ate hoje a gente esta aguardando. A parte da Feneis esta toda pronta, nos vimos a questao do ambiente para verificar o que era possivel e ate agora nao nos deram resposta nenhuma, so falta a compra destes equipamentos. A Feneis nao precisa de licitacao, seria por dispensa de edital por tratar-se de uma entidade PCD. Ela destacou que todas estas tratativas e informacoes se deram com a funcionaria da Casa Rosa. A deputada Any Ortiz salientou que a decisao deve ter sido tomada pela Mesa Diretora e pediu documentos e mais informacoes para que o colegiado saiba onde trancou o convenio e, atraves da Comissao, tentar ajudar. Ela acrescentou que se tiver que cobrar da Mesa Diretora como e por que parou o convenio a Comissao o fara. Ela acrescentou que este convenio que vai empregar oito pessoas e importante, mas nao vai resolver o problema da comunidade surda e por isto todas as demais falas e propostas tambem sao muito importantes. Ela pediu que a questao da Assembleia seja mais detalhada para que a CCDH possa tomar uma atitude mais embasada. Pamela Garcia se comprometeu, durante a semana, a enviar as informacoes trocadas por e-mails com a servidora da Assembleia. Ela concluiu dizendo que sao oito pessoas, mas somadas a outros convenios que a Feneis esta perdendo serao mais vinte desempregados, portanto se ja esta dificil o emprego para pessoas ouvintes, para a comunidade surda a dificuldade e muito maior. Sergio Peres disse que muitos surdos nao concordam com a Feneis e que ha relatos do executivo de falta de pagamentos de insalubridade por parte da entidade. Ele disse que a CCDH aguarda mais informacoes para ajudar neste convenio. Carlos Roberto Martins reconheceu que ha algumas coisas dentro dos convenios que a Feneis tem de melhorar, que o advogado tem instruido a diretoria e que houve erros anteriores a sua gestao que ele nao sabe dizer o que aconteceu. Ele acrescentou que, nos convenios, as duas partes estao erradas e a Feneis esta em processo de avaliacoes e de melhorias dentro da