DIARIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 8 de novembro de 2019. PRO 169 PR 34 de 2019 DECLARACAO DE VOTO O desafio da mobilidade urbana nas grandes metropoles mundial e objeto de observacao, estudos e debates ao redor de todo mundo e um dos maiores problemas da vida moderna em sociedade. A ele estao associados a qualidade de vida, a preservacao ambiental, o uso adequado do solo, a gestao da cidade, dentre diversos outros. As cidades brasileiras enfrentam esse desafio ha muitos anos, mas com pouca evolucao. A formacao de aglomerados metropolitanos exige ainda mais dos servicos de transporte e por conta das caracteristicas juridicas e constitucionais brasileiras o setor de transporte coletivo e organizado pelo setor publico, altamente regulado e sob regimes de concessao monopolistica. Nesse contexto, a Comissao Especial de Integracao do Transporte Metropolitano se propos a fazer um amplo estudo para refletir sobre os desafios do tema, dando voz a inumeros agentes da comunidade para consolidar recomendacoes que possam melhorar as condicoes de mobilidade e assim contribuir para a qualidade de vida do cidadao que vive nessa regiao do Estado como citado em seu proprio relatorio final. A Bancada do NOVO, infelizmente, nao dispos de assento nessa importante iniciativa, ja que por conter apenas 2 deputados nao participa de todas as Comissoes Especiais. De toda forma, parabenizamos a Comissao por seu trabalho e declaramos voto favoravel ao seu relatorio final, somando a ele algumas contribuicoes: 1. E urgente que se questione o regime juridico do transporte coletivo no Brasil. A ausencia de licitacao e as concessoes com contratos de mais de decada nao contemplam a inovacao tecnologica disruptiva e constante no setor. Os monopolios nao sao mais justificaveis, uma vez que a assimetria de informacoes, falha de mercado que poderia justifica-los, e facilmente superada pelas tecnologias atuais. 2. A concorrencia e positiva em todos os setores. O estado deve atuar no sentido de cumprimento de contratos e de garantia da concorrencia, e nao na defesa de monopolios que prejudicam o consumidor. 3. A recomendacao 14.1, de propor um novo modelo de negocio para a mobilidade metropolitana da regiao metropolitana de porto alegre, vai na contramao ao modelo juridico que imaginamos. Mais um orgao tecnocratico centralizador de planejamento, em concorrencia ao diversos orgaos ja existentes, como DAER, Metroplan, Detran, entre outros, so ira burocratizar mais os processos do proprio governo. Trabalhos como Sistema de transporte rodoviario interestadual e internacional de passageiros no Brasil: concorrencia, falhas de governo e reflexos regulatorios de Alexandre Ortigao Sampaio Buarque Schiller pode ser importante fonte de subsidio para estudos sobre o tema, principalmente no comparativo Internacional. Nele, o autor conclui: Tais experiencias sao muito relevantes para que se avalie o novo modelo regulatorio no Brasil. Nenhum dos paises estrangeiros impos tantas barreiras a entrada durante a fase de transicao quanto o Brasil. Nao houve, como regra, a limitacao do numero de operadores por mercado. Nao houve a